9.1.10



Dos saldos quase não resta nada e das novas colecções só florezinhas e corezinhas pastel nuns tecidos vaporosos que, por mais que eu goste, não são muito confortáveis de usar quando lá fora estão 5ºC. Gostava mais dos tempos de crise em que ninguém ia às compras nem mesmo nos saldos e sobrava imensa roupa para eu poder escolher com calma. Bem, isto não é muito simpático de se dizer, hoje estou com um espírito maquiavélico ainda mais aguçado do que normalmente. Humm eu não desejo crise a ninguém mas guardem umas coisinhas nas prateleiras das lojas para mim pleaseee. Está bem?





Era este o género de camisolas que estava à espera de arranjar nos saldos. Quentinhas, quentinhas, quentinhas. Na Zara havia umas, nada que me atraísse muito though. A única solução que estou a ver é pegar num avião e escarafunchar a TopShop até encontrar esta, que por acaso até gosto mais do que da original da Dries Von Noten (fotografada em cima pelo Jak & Jil).

7.1.10



No meio de todos os meus tiques e manias tenho a infelicidade de roer as unhas compulsivamente. O simples facto de ser uma coisa nojenta deveria fazer-me parar, mas não. E sabem aqueles vernizes com um sabor horrível que se vendem nas farmácias para nos fazer parar de as roer? Esqueçam, não resulta. Há terceira tentativa já estamos habituados ao sabor e deixa de ser tão horrível para nos fazer parar. E pelos vistos não sou a única, pelo menos a minha prima sofre do mesmo mal. Foi ela que me ensinou o truque de pintar as unhas com cores berrantes. Desde aí é raro não andar com elas pintadas. Fico com pena de estragar o trabalho que tive, além de que visualmente não é muito bonito unhas com o verniz das pontas comido e restos do mesmo verniz nos dentes. Isto dito assim não soa nada bem. Pode ser que seja desta que deixo de roer. Post-terapia.
Não interessa. Eu gosto de vernizes. Já são uma espécie de imagem de marca e quanto menos usual for a cor melhor. Mais uma mania. Os que tenho usado mais nos últimos tempos são o verde-menta, o dourado e o cinzento-escuro-quase-preto. Outros no grupo dos favoritos são o laranja, azul, azul-turquesa, rosa-claro-barbie e o vermelho, clássico. E por último, na categoria de próximas aquisições, os nomeados são: (…) o cinza-claro! o nude!  e o castanho-café-com-leite! Onde os posso adquirir? Não sei. Sugestões? Alguém?

6.1.10





 

As aulas têm-me obrigado a ouvir música incompreensível para mim de tão inovadoras e indie e alternativas que são (e esses termos todos que eu não gosto, por serem usados por tudo e por nada, mas que neste caso penso que se aplicam). Talvez por isso só me tem apetecido ouvir música que entre no ouvido rapidamente e que não tenha de me esforçar muito para perceber.
Nestas andanças já há uns meses que o álbum mais tocado no ipod tem sido o da Florence + the Machine. Tinha-a ouvido já há bastante tempo, antes de ela ter gravado o disco, e lembro-me de ficar pasmada com a voz da rapariga. Não esperava era um trabalho tão pop depois. A voz continua lá, só com um acrescento ritmos viciantes, pernas à mostra e algumas coreografias.
Por mim tudo bem. Deixem lá a miúda exibir-se que a qualidade musical continua intacta e ela tem estilo para isso. E invejem-se Britneys Spears e Shakiras. Cá eu o que invejo mais é mesmo o cabelo, tenho uma raiva das ruivas! Se bem que não dizia que não ao guarda-roupa. [Quanto à voz e aos passos de dança nem vale a pena, sou um caso perdido.]



5.1.10



 

No dia em que criei este blog (sim, o dia distante de ontem) descobri também um novo filhote do mundo da moda (que não nasceu ontem, mas nasceu recentemente), desta vez no formato de revista. Chama-se Mirage e é alemã. Apesar de não saber propriamente como anda o mercado de revistas alemão, parece-me que o mundo já está bastante inundado de revistas, sobre moda ou o que quer que seja. Talvez por isso saiba ainda melhor descobrir que, no meio de tanta coisa que já existe, vão se criando novas coisas que nos conseguem surpreender e agradar. [O mundo também está bastante inundado de blogs e eu quis ter um na mesma, mas só por capricho, sem grandes pretensões de surpreender e agradar.]
A descoberta foi feita através do Fashion Heroines. Espreitem porque é de lá que têm saído as minhas fotografias preferidas quando abro o reader de manhã, ao apresentarem o trabalho dos fotógrafos que andam por este planeta. Designers e estilistas também se juntam, mas são mesmo os fotógrafos que mais tenho gostado de conhecer.
Da revista, o que mais gostei também foram as fotografias. Sou uma espécie de criança que só liga às figuras nos livros, o que está lá escrito não me interessa na verdade. As fotos do primeiro número conseguiram o que eu acho que é importante, satisfizeram-me por si só, não precisei de ler nada para me apetecer comprá-la e guardá-la como objecto de colecção.

4.1.10



O meu irmão dizia que parecia estar mais contente do que no Natal e aturou-me os saltinhos no meio da rua o caminho todo. Resmungava comigo e estendia os insultos a todas as mulheres. Finalmente decidiu que era melhor ele ir para casa. Achei uma óptima ideia.
Não estava mais contente do que no Natal, mas, este ano, fiquei particularmente feliz com a chegada dos saldos. Meses de poupanças e de controlo para manter o meu consumismo a níveis aceitáveis. Além disso estava a precisar de umas coisinhas quentinhas. Uma necessidade real desta vez! (Quer dizer segundo a minha mãe estou cheia de camisolas. Esquece-se é que estão metidas num saco para dar e que já não as posso ver à frente. Chiça, ainda à pouco era um adolescente, é normal mudar de opinião em relação à roupa, não é?)
Lá fui eu para a minha HM ver se apanhava umas malhas que tinha debaixo de olho. Não contava era com a multidão e o calor adjacente desinspirou-me de qualquer compra mais própria da estação. Acabei por sair de lá com o vestido da imagem, entre outras coisas. Nada do que eu tinha planeado, fuck. Além de que tenho mais vestidos do que a maior parte das raparigas que conheço. E este? Quando o vou usar? Nunca provavelmente.
Não esquecer de na próxima ida às compras o levar para troca. Desta vez num dia mais calmo, com menos gente, menos entusiasmo e mais cabeça.
Já lá vai o tempo dos meus sonhos em ser modelo. Ser como a Claudia Schiffer e ter a casa de banho mais gigantesca que vira em toda a minha vida. Sim, o ponto de partida foi esse, a casa de banho que estava nas revistas da minha mãe. Se a casa de banho é assim o resto deve ser ainda melhor. Pareceu-me por isso uma boa profissão para se ter. As profissões heróicas que toda a gente quer ter nunca me passaram pela cabeça, pena.
Pois bem, com a Claudia partilhava o nome. Não que gostasse, ser chamada de Claudia Shiffer não era agradável para uma maria-rapaz como eu (mesmo que uma falsa maria-rapaz). As comparações com a modelo faziam diminuir a minha reputação de one of the boys, achava eu. No entanto as minhas preocupações estéticas já se faziam sentir. Tinha ouvido dizer que para ser modelo tinha de andar bem vestida e essas coisas. Lembro-me de uma manha acordar mais cedo para preparar a roupa para o dia. Achava que a roupa para combinar tinha de ser toda da mesma cor e a minha cor preferida era o vermelho. Nada como o meu fato de treino vermelho com uma t-shirt vermelha, umas sapatilhas vermelhas, umas meias vermelhas etc. Perfeito. Se é para ser uma top model ao menos que seja com roupa que me permita saltar às árvores e rebolar na lama.
Felizmente alguém me tirou a ideia das combinações em vermelho da cabeça e eu lá continuei com os meus mini calções e t-shirts largas, desta vez escolhidos por mim e não pela mãe. É engraçado ver as fotos da época (que são muitas – vantagem de ser a primeira filha de uns pais babados) e aperceber-me que era o mesmo i don’t give a fuck look de hoje em dia, desta vez sem as aspirações a modelo.
Isto tudo para contar o começo da minha paixão pelos trapos. Achei que ficava bem no inicio do blog. É isso que se costuma fazer não é?

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